Críticas & Reviews
Confira críticas e reviews de filmes, séries, games, literatura...
A TERCEIRA TEMPORADA DE DEMON SLAYER, QUE ESTREOU EM 09 DE ABRIL
⭐⭐⭐⭐
Por: Wellington Jesus
e Emanuel Oliveira | 17 de abril de 2023
A terceira temporada de
Demon
Slayer, que estreou em 09 de abril de 2023, é uma das estreias que foram aguardadas pelos fãs de anime e mangá. E não é à toa, afinal, a obra criada por
Koyoharu
Gotoge
conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo graças à sua trama envolvente, personagens cativantes e cenas de ação épicas.
Demon
Slayer, tanto o mangá quanto a animação, é um fenômeno que vem conquistando fãs ao redor do mundo. A história de
Tanjiro Kamado, um jovem que busca vingança pela morte de sua família e tenta salvar sua irmã
Nezuko
da maldição de se tornar um demônio, tem cativado o público com sua trama envolvente, personagens marcantes e cenas de ação eletrizantes.
Desde sua estreia, o mangá já vendeu mais de 150 milhões de cópias no mundo inteiro, tornando-se uma das obras mais populares da atualidade. Já a adaptação em anime, também tem sido muito bem recebida, tendo ganhado diversos prêmios e sido indicada a outros tantos.
Outro aspecto que chama a atenção em
Demon Slayer
é a qualidade da animação. O estúdio Ufotable
tem se destacado pelo uso de técnicas de animação em computação gráfica, combinadas com animação tradicional,
resultando em cenas fluidas e impactantes. As batalhas são um espetáculo à parte, com movimentos precisos, efeitos visuais impressionantes e uma trilha sonora que empolga e emociona.
Mas, além de ser um entretenimento de qualidade,
Demon Slayer
também pode ser visto como uma obra que nos traz reflexões sobre a vida e a luta contra nossos próprios demônios interiores. Afinal, o enredo gira em torno de Tanjiro Kamado, um jovem que vê sua família ser morta por um demônio, com exceção de sua irmã mais nova, Nezuko, que se transformou em um desses seres.
A partir desse ponto, Tanjiro
se une ao Corpo de Caçadores de Demônios, uma organização que tem como missão proteger os humanos dos ataques dos demônios, e parte em busca de uma cura para a transformação de sua irmã. Durante a jornada, ele enfrenta diversos inimigos, alguns poderosos e cruéis, outros com histórias trágicas que nos fazem refletir sobre a natureza humana.
E é nessa jornada que vemos o paralelo com a luta contra os demônios na vida real. Claro, não existem demônios com espadas e poderes sobrenaturais, mas
podemos fazer uma analogia com as nossas próprias batalhas diárias. Seja uma doença, um problema financeiro, um relacionamento que não deu certo ou uma dificuldade pessoal, todos nós enfrentamos desafios que parecem impossíveis
de serem superados.
Assim como Tanjiro, precisamos encontrar forças dentro de nós mesmos para seguir em frente e lutar pelos nossos objetivos. Às vezes, precisamos de ajuda de outras pessoas, assim como Tanjiro conta com a ajuda de seus companheiros de equipe, mas é importante lembrar que a força vem de dentro.
E se você é fã de literatura, provavelmente já ouviu falar de O Inferno, a primeira parte da Divina Comédia, de Dante Alighieri. Nessa obra-prima da literatura, o autor descreve uma jornada pelo inferno, onde as almas dos pecadores são punidas de acordo com seus crimes. Assim como em Demon Slayer, há uma luta constante entre o bem e o mal, e o protagonista precisa superar diversas
adversidades para chegar ao seu destino final.
Por fim, a terceira temporada de Demon Slayer promete ser uma continuação emocionante da história, com novos desafios para Tanjiro e seus companheiros,
batalhas épicas e reviravoltas surpreendentes. Mas também é uma obra que nos convida a refletir sobre a vida e a luta contra nossos próprios demônios. Então prepare sua espada e sua coragem, e vamos aguardar ansiosamente por essa nova temporada.

Esta obra foi escrita em colaboração entre o Mostarda Nerd
e o canal no YouTube Os Santos Entretenimento.
Créditos de autoria: Wellington Jesus
e Emanuel Oliveira.
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Sonic Frontiers
⭐⭐⭐⭐
Por: Stormin | 05 de março de 2023
Gameplay
Desde da era Adventure, Sonic teve muita dificuldade em se adaptar e inovar-se aos novos jogadores e tempos, previamente em Sonic Heroes com o sistema de trio até as mais bizarras como o jogo do Shadow em que tem o ouriço preto fantasioso com uma Magnum na mão ou até mesmo em Sonic 2006 onde tem uma cena de beijo entre a princesa e o jogo e nem era a pior parte (basicamente um jogo de zoofílico e adorador de furry), o jogo era muito bugado e mal otimizado demais , e seu antecessor Sonic forces tinha muitos problemas de gameplay e história.
Primeiramente, vamos falar sobre Frontiers, esse jogo é bem diferente no conceito em relação aos outros jogos por literalmente não sendo linear em certas coisas, ele é um jogo de zona aberta e como se ele tivesse uma fase muito longa e quase um mundo aberto e o Sonic pode basicamente correr mais rápido que o Yuji Naka tentando fugir da cadeia. Seu controle e jogabilidade são decentes, não são perfeitos e eles ainda usam o boost nesse jogo e faz o Sonic principalmente em lugares cheios de ondulações ficando muito estranho e impreciso, mas é bem raro isso (por favor Sega, traz o momentum de volta... ninguém merece apertar um botão para ganhar velocidade), existe também um sistema de combate no jogo e uma árvore de habilidades para o Sonic e outro sistema de level up para aumentar a velocidade, ataque, anéis e defesa e honestamente, eu gostei desses sistemas, só que no caso da árvore de habilidades, deveria ter mais golpes mesmo porque achei que ficou muito pequena, e você consegue aumentar e conseguir mais golpes e status basicamente procurando e pegando vários kocos (criaturas pequenas do jogo) e derrotando os inimigos do mapa e os subchefes da área também.
Você acha o Koco ancestral e o Koco eremita para fazerem isso (pensei que as animações dele para dar mais poder ao Sonic estavam muito demoradas, mas não, é um defeito notável), os chefões são bem legais e diferentes aos demais em cada ilha, creio que as batalhas contra os guardiões das ilhas são umas das melhores partes do jogo (infelizmente não posso falar muito delas porque realmente estou dando spoilers, mas eles realmente são as melhores partes do jogo com exceção do chefe final, esse foi decepcionante).
São 5 mapas no jogo inteiro, sendo que o jogo é bem grande para um jogo como o Sonic , tendo mais ou menos umas 25 a 40 horas para você zerar ele (o que na minha opinião é muito bom, pois o jogo não é nem muito curto, nem muito longo); também para enfrentar os chefes, você precisa coletar as esmeraldas do caos procurando pelo mapa e você pode desbloqueá-las pegando as chaves nas fases de cyber espaço ou no mini game de pesca do Big através de um portal e você tem que resgatar os quatros amigos do Sonic que estão nas ilhas e são: Tails, Knuckles e Amy, não vou falar do motivo pelo qual eles então nelas porquê estaria dando spoilers.
Sobre as fases do cyber espaço, elas são as piores partes do jogo, o Sonic tem o controle estranho e ele parece mais lento que o normal mesmo com o boost e sem conta que eles repetem fases de outros jogos dele [que isso, Sega, ninguém quer ver mais a Green Hill e a Chemical Plant de novo .... parem de usar nostalgia e deixem o Sonic crescer], que bom porque pelo menos não é obrigatório irem até as cyber fases, só peguem as chaves das esmeraldas com o mini game de pesca.
TRILHA SONORA
Eu gostei da trilha sonora deste jogo, achei que combina com a vibe do ambiente e das fases, mas ainda sinto falta do rock e muitas agitadas que tinha na série anteriormente, tipo acho que até Sonic 2006, no geral tinha uma trilha sonora melhor mas entendível para combinar com as fases, mas nada muito memorável , acho que as únicas músicas que merecem ser destacadas e undefeatable
e vandalize
e as músicas dos gigantes , admito essas musicas ficaram excelentes ... bem que a trilha sonora deveria ser toda assim.
Gráficos
Pessoalmente, achei o jogo bonito, mas acho que poderia ser melhor, a arte e o design do jogo é muito bom no geral, combina com a vibe do jogo que deseja passar, sendo talvez, a única reclamação que eu teria sobre a arte do jogo, creio que a quarta ilha não ficou tão legal assim, ficou meio distante do que a vibe do jogo queria passar e também tem alguns problemas de renderização de obstáculos no jogo, mas aí e mais problema da otimização de forma geral.
História
A história do jogo é muito boa comparado as histórias dos antecessores, ela aprofunda muitas coisas sobre os personagens e suas relações; especificamente o Sonic, ele parece mais humano com suas ações e etc... e sem conta que a história e roteiro é escrita por Ian Flynn, se você não sabe quem é o Flynn, ele basicamente é o roteirista de muitos quadrinhos do Sonic desde da Archie Comics até a atual Idw Comics, e fez um ótimo trabalho nesse jogo e principalmente com a nova “vilã” Sage que infelizmente, não posso falar muito porque muitos detalhes da vilã estaria dando spoilers, mas pode confiar que ela é uma das melhores personagens do jogo; o único problema dela na minha opinião, seria que o chefe final e as ações dele não dão um impacto para a história do jogo.
Minha nota para Sonic frontiers
8/10
– Um bom jogo, mas falta algumas coisas para ser uma obra prima da franquia, mas vejo que frontiers é dito como um novo caminho e molde para a franquia pelo diretor Takashi Izuka, se isso será bom ou ruim, só o futuro dirá.
Obs: Verifiquei uma notícia que acabou de sair, o jogo terá 3 DLC's esse ano, se elas mudarem o jogo de forma significativa, eu faço um update desta review.
O Gambito da Rainha
⭐⭐⭐⭐
Por:
André Severino | 11 de novembro de 2020
Situada durante as décadas de 50 e 60, O Gambito da Rainha
(2020) é uma minissérie original da Netflix, tendo seu primeiro episódio passado no dia 23/10/2020, e já é uma das minisséries mais aclamadas da produtora californiana.
A série é dirigida e assinada pelo veterano Scott Frank (Logan – 2017), que além de diretor, é roteirista e autor, e foi indicado duas vezes ao oscar de melhor roteiro: Irresistível Paixão (1998) e Logan (2017). Frank fez mais uma minissérie prodigiosa para a Netflix, chamada Godless (2017).
A produção é estrelada por Anya Taylor-Joy (Fragmentado – 2016), que encarna a personagem principal Beth Harmon
e que estará em Os Novos Mutantes (2020). Dentre os nomes que contracenam com Taylor-Joy, temos Thomas Brodie-Sangters (Maze Runner – 2014), no papel de Benny Watts, Marielle Heller, que dirige o drama Um Lindo Dia na Vizinhança (2020), estrelado por Tom Hanks, e faz o papel de Alma Wheatley. A minissérie ainda conta com a participação de Bill Camp (Joker – 2019), no papel de Mr. Shaibel.
O Gambito da Rainha
se trata de uma série dramática, passada entre os anos 50 e 60, e conta a história de Beth Harmon, uma garota prodígio, que é despejada em um orfanato do Kentucky aos 9 anos de idade e precisa lidar com uma rotina rígida de estudos e uma educação matriarcal, enquanto aguarda a sorte de ser adotada por algum casal.
O orfanato na série aparece como um símbolo de acolhimento e recomeço para todas aquelas meninas, que são coordenadas por uma equipe, que apesar de impor uma rigidez disciplinar, tenta proporcionar um ambiente de estudos, sempre educando as garotas para serem um modelo do que uma menina deveria ser, naquela época. É neste espaço que Elizabeth Harmon vai se encontrar.
Podemos dizer que a série é uma história de origem, que vai se desenvolver até o ponto em que ela nos deixou logo na primeira cena. A fase da Elizabeth Harmon enquanto criança é performada pela incrível Isla Johnston, que dá um tom depressivo, mas, ao mesmo tempo, inquieto e emburrado para Harmon. Sua insatisfação pelo regimento do orfanato fica muito clara e logo ela começa a buscar nos remédios oferecidos pela instituição, uma maneira de escapar daquela realidade triste e cinzenta. Em uma de suas escapadelas da aula de canto, ela vai bater os apagadores de giz no porão do orfanato e vê o zelador, Mr. Shaibel, sentado jogando xadrez contra ele mesmo. A partir dali um mundo se abre para Beth Harmon.
Xadrez, Remédios e Álcool
Mr. Shaibel aparece como um mentor para Beth e foi interessante perceber que, se por um lado a série tem um tom feminista, em relação à emancipação feminina, tema que ganha força ao longo da década de 50 e 60, principalmente, por outro, ela mostra uma relação humanizada entre ela e o zelador, que apesar da aparência rancorosa, mostra ter um coração sensível e serve como uma possibilidade de ressignificação parental para Beth Harmon.
A produção original da Netflix
está longe de ser apenas sobre o Xadrez em si. O jogo aparece como um palco onde diversas tensões sociais são postas à mesa. Seja em relação ao feminismo, dominação masculina e política, por meio da Guerra Fria entre os E.U.A. e a antiga URSS, ou até mesmo ao uso excessivo de drogas. No subtexto da série, Elizabeth Harmon precisa lutar contra um mundo agressivo e excludente, em relação à posição social da mulher, contra seus adversários (homens), mas também contra o vício em calmantes e o alcoolismo. Então, existe uma subtrama em relação ao abuso de drogas e às bebidas alcoolizadas, ora criticada, ora romantizada.
Se por um lado explicar os porquês aparece como um ponto interessante da série, por outro lado, na metade da temporada, o andamento dos episódios pode cansar o espectador, principalmente na fase “adolescente rebelde” da protagonista, onde a trama estaciona e faz uma espécie de interlúdio, antes de retomar a trama principal, e ganhar um tom novelesco no final.
O Gambito da Rainha
está disponível na Netflix
e surpreende pela força de uma série dramática e que abrange diversos assuntos importantes para a época e para a atualidade, sem perder de vista o Xadrez e sua capacidade de proporcionar uma dialética muito poderosa com quem se propõe a jogá-lo.
Colunista:
André Severino
é sociólogo, gamer, e professor de Inglês. Fundador do blog "Discursos Pedestres" e do "Curso English Bay".
Título original: Queen's Gambit
Direção: Scott Frank, Allan Scott
Elenco: Anya Taylor-Joy, John Schwab, Marielle Heller
Distribuição:
Netflix
Data de estreia: 23/10/2020
País:
Estados Unidos
Gênero: Drama
Ano de produção:
2020
Duração: 60 minutos
Classificação:
16 anos
Amor com Data Marcada
⭐⭐⭐
Por:
André
Severino | 03 de novembro de 2020
O
natal está chegando e com ele a temporada de filmes que nos fazem lembrar que o ano acabou e o próximo já está logo ali na esquina. Não chegamos em dezembro e a Netflix já se antecipou e lançou o longa original
Amor com Data Marcada (2020), protagonizando Emma Roberts (Nerve – 2016) e o australiano Luke Bracey (Little Fires Everywhere – 2020).
Amor
com Data Marcada se trata de uma comédia romântica, escrita pela veterana Tiffany Paulsen, que também roteirizou o longa Nancy Drew e o Mistério de Hollywood(2007), que também teve a participação de Emma Roberts como a protagonista Nancy Drew.
O filme tem como ponto de partida o Natal e estabelece, logo de início, que se comunicará conosco através de uma dinâmica a qual já estamos habituados no cinema: A cobrança familiar pelo sucesso na vida amorosa. A família aparece como uma espécie de carma para a protagonista, que por sua vez, já demonstra que aceitou o fato de que a vida real é mais complexa do que “contam nos filmes”, e que ser solteira beirando os trinta anos de idade é algo imperdoável para a sociedade.
O incômodo inicial do filme surge a partir das perguntas e da insistência dos personagens em questionarem Sloane (Emma Roberts): “E os namoradinhos?”, e ela sempre assumir uma postura defensiva em relação a isso, mostrando um dos lados mais conhecidos de Roberts, que é o da garota revoltada e trágica, o que pode causar uma sensação de ‘mais do mesmo’ em relação à sua atuação. A fixação dos familiares de Sloane em relação à sua vida amorosa e sexual é outro fator que pode cansar o telespectador logo no primeiro ato do filme.
O terceiro incômodo do filme é em relação ao desgaste causado pela necessidade de sempre ter alguma situação mirabolante acontecendo durante os feriados. O título original do filme (Holidate) sugere que Sloane e Jackson vão passar todos os feriados juntos como acompanhantes e isso vai cansando o telespectador ainda antes do ato final.
Tiffany Paulsen pareceu não ter problema algum em assumir que o filme se trata de uma comédia romântica com uma temática já repetida e explorada diversas vezes no cinema e mergulha nos clichês e estereótipos de um casal composto por uma garota perdida e um príncipe encantado hollywoodiano, que vai ajudar a protagonista a reencontrar o amor e a redenção de não ser mais uma solteirona convicta. Mas não vamos antecipar conclusões.
O filme também diverte, pela química evidente entre Roberts e Bracey, e à medida que, no subtexto, os personagens secundários têm mais tempo de tela, e mesmo que não tenham sido bem trabalhados, Kirstin Chenoweth aparece como uma tia problemática e liberal, do ponto de vista libidinoso, e que parece ser o oposto completo de Frances Fisher (Titanic – 1997), uma mãe conservadora e maior crítica de Sloane. Além disso, a carismática Jessica Capshaw (Grey’s Anatomy) aparece para fortalecer o enrendo com soluções práticas para situações embaraçosas.
Além disso, apesar da aparência inocente do filme, há várias piadas e situações que não seriam de bom gosto para assistir com crianças na sala ou algo do tipo. Se por um lado o filme vai por um caminho que já deixa claro que os protagonistas vão ficar juntos no final, como podemos ver no cartaz, por outro, aposta em uma temática mais adulta para prender o telespectador interessado em um filme mais ‘adulto’ e que não subestima a vivência de quem está assistindo.
Colunista:
André Severino é sociólogo, gamer, e professor de Inglês. Fundador do blog "Discursos Pedestres" e do "Curso English Bay".
Título original:
Holidate
Direção:
John Whitesell
Elenco:
Emma Roberts, Luke Bracey, Kristin Chenoweth
Distribuição:
Netflix
Data de estreia:
qua, 28/10/20
País:
Estados Unidos
Gênero:
comédia romântica
Ano de produção:
2020
Duração:
104 minutos
Classificação:
16 anos
O Poço | Um filme angustiante e impactante
⭐⭐⭐⭐⭐
Por: Wellington
Alves
| 04 de abril de 2020
"O filme é classificado como um suspense terror e sem dúvidas é uma das obras mais brutais dos últimos anos".
O poço é um filme espanhol que nos últimos dias está entre o top 10 de mais assistido da plataforma. Ele é uma obra peculiar e cheio de simbolismo, de fato é um longa que trata a discrepância da qualidade de vida entre as classes sociais, contudo, o filme não é só sobre isso.
A premissa aborda um grupo de pessoas trancadas em uma prisão em formato de um prédio, todos os dias um banquete de alimentos desce com comida necessária para alimentar todas as pessoas, que estão no cativeiro, mas, pela falta de empatia o alimento nunca chega aos níveis inferiores do poço.
São duas grandes obras que o poço faz referências diretas em seu roteiro, e estas são Dom Quixote e a Bíblia. No início, o roteiro era para ser apenas uma peça de teatro, mas o projeto criou corpo e avançou em forma de longa. O filme é classificado como um suspense terror e sem duvidas é uma das obras mais brutais dos últimos anos.
A Bíblia
Não há duvidas, que é um filme de cunho interpretativo e no meu ponto de vista, o andar 0 é uma representação do céu, a fotografia traz um cenário branco revestido de esmero, a comida é preparada de forma perfeita e pura. Ao descer para os próximos andares, o alimento vai se deteriorando, perdendo sua beleza, e apodrecendo, fazendo uma clara referência a maldade e perversão da raça humana. No total são 333 andares e cada andar com 2 pessoas somado esses números o total de 666 deixa claro que a prisão é uma analogia ao inferno.
Dom Quixote
Antes de entrar no sistema de prisão, cada pessoa tem o direito de escolher alguma coisa para ficar com ela. O protagonista faz uma escolha inusitada ao escolher o livro dom Quixote, por vontade própria Goreng escolhe participar dessa aventura e sua jornada e marcada pela tentativa de trazer igualdade para todas as pessoas do grupo que ele se encontra.
Capitalismo e socialismo
Ambos sistemas são criticados, o capitalismo pelo fato de deixar as pessoas sempre egoístas com uma vontade insaciável de ter mais e sempre mais. Contudo, o modelo socialista de Karl Marx dentro do filme também não funciona, isso porque indiretamente o diretor se apegou aos conceitos de Freud “se o homem for privado de suas necessidades básicas ele possivelmente se tornara um animal.”
Final Polêmico
Por se tratar de uma obra subjetiva, ele está aberta a visões diferente, e no meu ponto de vista, Goreng já estava morto nas cenas finais, isso porque a menina que supostamente era a mensagem estava visivelmente limpa e alimentada para alguém se encontrava nos últimos andares.
Isso traz a possibilidade de ser apenas uma utopia intangível de esperança, a qual o filme não aborda, pelo contrário a obra é vista sob um ângulo pessimista.
A menina na minha visão, era a materialização do sonho de Goreng, que assim como Dom Quixote enxergava o mundo de uma forma esperançosa.
Poema de Dom Quixote
Era meio Dom Quixote, não que fosse cego para a verdade, mas insistia em enxergar bondade, onde os outros se recusavam a ver.
Resumo
O Poço, busca debater a barbaridade da condição humana, as divisões de classe e a capacidade que temos de nos despir de todas as nossas convicções frente o desespero da sobrevivência.
O Poço (El Hoyo) – Espanha, 2019
Direção:
Galder Gaztelu-Urrutia
Roteiro:
David Desola e Pedro Rivero
Elenco:
Iván Massagué,Zorion Eguileor, Antonia San Juan, Alexandra, John Ortiz, Greg Bryk, Kimberly Elise, Loren Dean
Duração:
1h 34min.
Crítica | Série "Hunters" da Amazon
Por: Wellington
Alves
| 28 de fevereiro de 2020
Hunters | Os caçadores de nazistas
Produzida pelo serviço de streaming da Amazon Prime, o seriado Hunters, teve sua estreia em 21 de fevereiro, contando com uma grande divulgação para alavancar a série.
O elenco trouxe atores de relevância em Hollywood, entre eles estão Logan Lerman, vivendo o órfão judeu Jonah Heidelbaum e o ícone Al Pacino vivendo o caçador de nazista Meyer Offerman. A história é contada no ano 1977 na cidade de Nova Iorque. Juntando fatos históricos como também elementos fantasiosos por meio da liberdade artística Em 10 episódios.
Trama
Logo no início do episódio piloto, fica perceptível que é uma série que fará uso da violência com frequência ao estilo Tarantino, tem um pouco de bastardos inglórios, contudo, com uma identidade própria.
Roteiro
Johah um jovem descendente de judeu sofre com estereotipação e preconceito, pelo simples fato de ser Judeu.
A vida do garoto muda de cabeça para baixo quando ele presencia sua avó judia sendo assassinada dentro de casa por um extremista nazista. Surgindo, portanto, a jornada do herói ou do anti-herói para Jonah Heidelbaum.
A vida do garoto muda de cabeça para baixo quando ele presencia sua avó judia sendo assassinada dentro de casa por um extremista nazista. Surgindo, portanto, a jornada do herói ou do anti-herói para Jonah Heidelbaum.
Meyer Offerman
Apresentando-se como um sobrevivente do holocausto Meyer faz grandes revelações para Jonah, e dentre elas estão: Existem nazistas vivendo nos EUA, sendo ajudados pelo próprio governo dos EUA, a teoria é que os americanos recrutaram as principais mentes da Alemanha, logo após o fim da segunda guerra; contudo, isso foi feito como estratégia para que os russos não tomassem essas mentes brilhantes como arma em um futuro confronto. Porém apesar de muitos nazistas receberem um nome americano e uma nova vida, ainda há um grupo de alemães que sonham em instaurar o quarto Reich.
Os caçadores
Um grupo de vingadores é liderado por Meyer e composto por quatro judeus, mias uma mulher Negra, e um descendente asiático, eles formam um grupo que tem um objetivo, matar nazistas. A série trabalha muito bem o desenvolvimento de cada membro do grupo, utilizando-se das memórias e dos traumas desses personagens para adentrar no passado, e viajar nas lembranças do holocausto.
O holocausto é uma das maiores crueldade da história da humanidade e por isso, cada cena no tocante a esse período é dolorosa, e intensamente chocante. Ainda o tema do preconceito é muito bem inserido dentro do contexto.
Plot Twist
O Plot de Hunters é simplesmente chocante, sem duvidas uma das maiores viradas de roteiro dos últimos tempos. A obra ainda não se fechou e sua segunda temporada promete ainda mais.
Personalidade
Permeando em alguns gêneros, Hunters trás várias referências dos quadrinhos dos anos 70; é verdade que a tentativa de humor mais ácido acabou por não funcionar tanto assim. Porém, a habilidade de distorção dos fatos é um ponto muito positivo a ser levado em conta. A parte técnica é muito bem-feita, utilizando ótimos planos de sequência, e também movimentação das cenas é impecável. A fotografia é digna de cinema, assim como a trilha sonora que ajuda a contar à história.
Sem duvidas, Hunters é uma das melhores séries lançadas no início do ano, é um pedaço do cinema se transportando para as telas de TV.
Resumo
Sem dúvidas, Hunters é uma das melhores séries lançadas no início do ano, é um pedaço do cinema se transportando para as telas de TV.
Crítica | Ad Astra: Rumo às Estrelas
⭐⭐⭐⭐⭐
Por: JP Vaz | 15 de fevereiro de 2020
“Estou ansioso pelo dia em que minha solidão irá terminar.”
Sem dúvidas, o que existe lá fora, sempre aguçou nossa curiosidade como humanos. Estamos sozinhos? Neste vasto e infinito universo, existiria vida além do nosso planeta? Corrida espacial, exploração lunar, satélites, telescópios de última geração, viagem à marte, e etc... tudo o que queremos saber, é se de fato estamos sós. Mesmo compartilhando um planeta com 7 bilhões de pessoas, mesmo assim, nos sentimos solitários e buscamos respostas que vem das mais distantes estrelas e galáxias.
Sem dúvidas, o que existe lá fora, sempre aguçou nossa curiosidade como humanos. Estamos sozinhos? Neste vasto e infinito universo, existiria vida além do nosso planeta? Corrida espacial, exploração lunar, satélites, telescópios de última geração, viagem à marte, e etc... tudo o que queremos saber, é se de fato estamos sós. Mesmo compartilhando um planeta com 7 bilhões de pessoas, mesmo assim, nos sentimos solitários e buscamos respostas que vem das mais distantes estrelas e galáxias.
Não é a toa que esta inquietação e curiosidade foi passada para a sétima arte, e desde que cinema é cinema, já tivemos inúmeras obras que se consagraram no mundo da cinematografia, 2001 – Uma Odisseia no Espaço e Interestelar estão em minha videoteca como favoritos em ficção científica.
Não muito diferente, "AD Astra: Ruma às Estrelas" nos conta a história de Roy McBride (Brad Pitt), um astronauta incumbido de desempenhar missões no espaço, que após muitos anos ainda lida com a perda de seu pai, Clifford McBride (Tommy Lee Jones), responsável por liderar a primeira expedição tripulada pelo sistema solar em busca de vida inteligente fora da Terra. Com a revelação de que seu pai pode estar vivo, Roy embarca na missão de trazê-lo de volta para casa, quase uma missão sem volta.
O filme em si, tem um bom casting, não podemos desprezar Tommy Lee Jones, Liv Tyler, Donald Sutherland, mas Brad Pitty está presente em grande parte do filme, ou até diria, todo o filme, ele atua de forma brilhante e faz com que seu personagem fale ao público. Como um sujeito frio, e distante emocionalmente, com batimentos cardíacos que não ultrapassa de 80, mesmo sabendo que sua missão pode terminar com sua vida. Brad Pitty é "Ad Astra", graças ao seu talento do ator que leva equilíbrio ao personagem, fazendo com que ele termine sua missão.Ao meu ver, num filme cheio de constelações, ele é o maior.
Gray soube muito bem escolher as tomadas, enquadramento fechado no rosto do ator, o que nos transmite uma sinceridade de Roy McBride em expressar suas emoções, usando este ângulo de propósito, teve um resultado tanto satisfatório.
James Gray, soube muito bem trabalhar a temática do filme, dando vida e brilho em cada parte do longa. Misturar sentimentos, emoções, conflitos humanos e ficção ao mesmo tempo, isto, são para poucos. Gray Soube muito bem fazer a equação de forma equilibrada, como resultado desse equilíbrio, é uma obra cinematográfica que pode se configurar como uma das maiores contribuições para o gênero de ficção científica dos últimos tempos.
Resumo
“Ad Astra: Rumo às Estrelas”
é uma reflexão estupenda sobre a existência do Homem através de uma viagem completamente mergulhada na imensidão do vazio e solitário universo.
Ad Astra: Rumo às Estrelas (Ad Astra) – EUA, 2019
Direção:
James Gray
Roteiro:
James Gray, Ethan Gross
Elenco:
Brad Pitt, Tommy Lee Jones, Ruth Negga, Donald Sutherland, Liv Tyler, Jamie Kennedy, John Ortiz, Greg Bryk, Kimberly Elise, Loren Dean
Duração:
124 min.
Joias Brutas | O filme esnobado pelo Oscar
⭐⭐⭐⭐
Por: Emanuel Oliveira | 08 de fevereiro de 2020
Adam Sandler surpreende na melhor atuação de sua carreira.
O filme se passa em Nova York , Primavera de 2012 onde conta a história de Howard Ratner (Adam Sandler) dono de uma joalheria e viciado em apostas; afundado em dívidas Howard vê a chance de quitar sua dívida em uma pedra não lapidada enviada diretamente da Etiópia. Inicialmente Howard a oferece ao astro da NBA Kevin Garnett (que realmente está no filme, interpretando ele mesmo), um de seus clientes mais famosos, Kevin Garnet fica encantado com a pedra acreditando ter algum poder místico e nisso Howard vê a chance de não só quitar suas dívidas como também ganhar algum dinheiro extra e com isso se envolve em uma trama maior que ele imagina.
O filme conta com a direção dos irmãos Safdie que também dirigiram o aclamado filme indie Bom Comportamento com Robert Pattinson e Martin Scorsese assina como produtor executivo.
É incrível como os irmãos Safdie em tão pouco tempo de carreira, já deixaram marcado a sua identidade cinematográfica, como em seu filme antecessor.
O filme se passa em Nova York , Primavera de 2012 onde conta a história de Howard Ratner (Adam Sandler) dono de uma joalheria e viciado em apostas; afundado em dívidas Howard vê a chance de quitar sua dívida em uma pedra não lapidada enviada diretamente da Etiópia. Inicialmente Howard a oferece ao astro da NBA Kevin Garnett (que realmente está no filme, interpretando ele mesmo), um de seus clientes mais famosos, Kevin Garnet fica encantado com a pedra acreditando ter algum poder místico e nisso Howard vê a chance de não só quitar suas dívidas como também ganhar algum dinheiro extra e com isso se envolve em uma trama maior que ele imagina.
O filme conta com a direção dos irmãos Safdie que também dirigiram o aclamado filme indie Bom Comportamento com Robert Pattinson e Martin Scorsese assina como produtor executivo.
É incrível como os irmãos Safdie em tão pouco tempo de carreira, já deixaram marcado a sua identidade cinematográfica, como em seu filme antecessor.
Joias Brutas
se passa em lugar urbano com pessoas falando e gritando o tempo todo, a diferença é que em Bom Comportamento, o filme se passa em uma noite e em Joias Brutas
se passa mais ou menos em uma semana. O filme é dinâmico, intenso e muitas vezes claustrofóbico, em toda cena Howard Ratner
está falando e sendo interrompido, o personagem de Sandler
está sempre negociando e tentando se safar das suas escolhas erradas.
Vemos uma certa influência de Martin Scorsese
no filme trazendo sua bagagem de máfia para os personagens que cobram as dívidas de Ratner, mas a influência sendo bem sutil nada que tire a essência que os diretores quiseram colocar no filme.
Com um roteiro coescrito pelos irmãos Safdie e Ronald Bronstein, um roteiro bem escrito onde armam uma teia de aranha tecendo vários acontecimentos violentos e perigosos que se interligam e giram em torno do seu protagonista Howard Ratner.
Adam Sandler surpreende no papel de um judeu malandro e viciado em jogos de azar, diferente de seus filmes, aqui Sandler se aprofunda no personagem dando a ele camadas e trejeitos, diferentes de seus papéis tradicionais onde interpreta o mesmo cara.
Com um roteiro coescrito pelos irmãos Safdie e Ronald Bronstein, um roteiro bem escrito onde armam uma teia de aranha tecendo vários acontecimentos violentos e perigosos que se interligam e giram em torno do seu protagonista Howard Ratner.
Adam Sandler surpreende no papel de um judeu malandro e viciado em jogos de azar, diferente de seus filmes, aqui Sandler se aprofunda no personagem dando a ele camadas e trejeitos, diferentes de seus papéis tradicionais onde interpreta o mesmo cara.
Adam Sandler
prova mais uma vez que é um bom ator e pode sair da sua zona de conforto quando quiser.
Um filme incrível e com uma linguagem moderna, mais uma grande obra dos irmãos Josh Safdie e Benny Safdie.
Um filme incrível e com uma linguagem moderna, mais uma grande obra dos irmãos Josh Safdie e Benny Safdie.
Título:
Joias Brutas (Uncut Gems)
(EUA, 2019)
Direção: Josh Safdie e Benny Safdie
Roteiro: Josh Safdie, Benny Safdie e Ronald Bronstein
Elenco: Adam Sandler, Julia Fox, Kevin Garnett, The Weeknd, Idina Menzel, Jonathan Aranbayev, Jacob Igielski.
Direção: Josh Safdie e Benny Safdie
Roteiro: Josh Safdie, Benny Safdie e Ronald Bronstein
Elenco: Adam Sandler, Julia Fox, Kevin Garnett, The Weeknd, Idina Menzel, Jonathan Aranbayev, Jacob Igielski.
Duração:
135 min
Gênero:
Drama, Policial, Comédia.
Era Uma Vez em... Hollywood | Rescrevendo a história
⭐⭐⭐⭐⭐
Por: Wellington Jesus | 31 de janeiro de 2020
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Quentin Tarantino
no nono filme de sua carreira, juntou um elenco de respeito com Leonardo DiCaprio
vivendo Rick Dalton, Brad Pitt, como o dublê Cliff Booth, Margot Robbie
interpretando Sharon tate, entre outras participações ilustras como do grande Al Pacino. Juntando tanta qualidade e a genialidade de Tarantino, era uma vez em Bollywood
recebeu 66 indicações ao Oscar 2020.
No ano de 1969, a atriz e modelo Sharon Tate
foi assassinada de maneira horrenda, a jovem atriz estava gravida de 8 meses e tristemente foi alvejada com 16 facadas em sua própria casa. Os amigos de Tate também foram mortos dentro da residência da estrela. Os assassinos eram da seita de Charles Manso. Um Crime que chocou os estados unidos, e essa história infelizmente é real e não ficção.
Como de costume, Tarantino
usou alguns elementos da realidade e desconstruiu a história ao seu próprio gosto, e foi assim que ele criou mais uma obra de arte, aproveitando também o contexto histórico do final dos anos 60 onde o bang – bang começava a perder as forças no cinema, e existia também um estereótipo de que ator de televisão era ruim. Esse foi o cenário do filme, que aproveitou para fazer uma homenagem a Sharon visitando o passado da atriz. Mais uma vez Tarantino surpreendeu, contudo, ele não fez isso sozinho.
Rick Dalton (Leonardo DiCaprio)
mais uma vez entregou um personagem incrível, Dalton
começa a envelhecer e encarar conflitos pessoais, é uma pessoa mimada e tampouco sabe como reagir perante as frustações. Fazendo, portanto, uma crítica direta para muitos atores. Brad Pitt, como o dublê Cliff
Booth
é o principal pilar do filme, sua jornada particular faz com o que a história não fique apenas no núcleo central, faz com que ele permeie em outros núcleos. O roteiro brinca e aborda Bruce Lee
de forma caricata. A Homenagem a Sharon Tate
aconteceu da forma que Tarantino mais ama, usando o cinema, para homenagear o cinema. ao colocar imagens reais da atriz em uma cena que se passa dentro de uma seção.
A história flutua em outros núcleos de maneira brilhante, mas nunca se perde, Tarantino tem o controle de todo desenvolvimento do filme. Ele conversa com o telespectador, aborda a depressão, alcoolismo e uma vida vazia que até mesmo uma pessoa famosa está sujeita a ter.
Mais uma vez, Quentin Tarantino
faz uso de toda sua liberdade artística e constrói um final que é diferente dos fatos históricos. todavia ele buscou por um final muito mais feliz e justo aos olhos dele próprio. Ele prometeu que esse foi o penúltimo filme da carreira, por isso, ele não se conteve e se alto homenageou citando referencias de outros filmes dele próprio, e o principal entregando mais um filmão que surge como uma flor em meio a uma história de tanto sangue E horrores como fora a triste morte de Sharon Tate.
Era Uma Vez em... Hollywood
(2019)
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Sam Mendes e Krysty Wilson-Cairns
Elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Emile Hirsch, Margaret Qualley, Timothy Olyphant, Austin Butler, Dakota Fanning, Bruce Dern, Al Pacino.
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Sam Mendes e Krysty Wilson-Cairns
Elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Emile Hirsch, Margaret Qualley, Timothy Olyphant, Austin Butler, Dakota Fanning, Bruce Dern, Al Pacino.
Duração:
161 min
Gênero:
Drama, Comédia, Guerra.
1917 | O filme que brilhou no Globo de Ouro, agora quer o Oscar
⭐⭐⭐⭐⭐
Por: Wellington Jesus | 29 de janeiro de 2020
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Após vencer 2 Globos de Ouro (Melhor Filme de Drama e Melhor Diretor), 1917 chega ao Oscar como um dos principais favoritos a vencer os prêmios mais importantes do cinema mundial com 10 indicações.
O longa é muito bem dirigido por Sam Mendes, diretor que tem em seu currículo filmes importantes como, Beleza Americana (1999)
e Skyfall (2012). O elenco tem a participação de atores em ascensão tais como Dean-Charles
interpretando o cabo Blake e George Mackay
como Schofield.
A história é contada através é uma missão extremamente difícil que é dada aos soldados britânicos Schofield
e Blake, eles precisarão atravessar um campo inimigo e entregar uma mensagem para um oficial que está do outro lado do fronte de batalha. Desta missão, depende a vida de cerca de 1800 homens que sem saber estão sendo envolvidos por uma armadilha alemã.
A missão precisa ser concluída em menos de 24 horas e correr contra o relógio é imprescindível para o sucesso da operação. Diante desse cenário as chances de sucesso são pequenas. 1917
é praticamente o ultimo terço da Primeira Guerra Mundial que acabara em 1918.
Nesse período da história existia uma grande tensão de acabar o mais rápido possível com a guerra, perante isto a morte e o sacrifício da vida dos soldados eram ainda mais frequentes do que na Segunda Guerra Mundial. É compreensível as tentativas desesperadas em missões que possivelmente teriam poucas chances de sucesso, assim como foi a missão de Schofield
e Blake.
Sam Mendes
foi brilhante em aproveitar a pressa constante dos personagens em resolver o problema e junto de um plano sequencia impecável, ele criou uma obra atípica e poucas vezes visto e com apenas um corte em todo o filme. Com isso, o filme trouxe um drama intenso e uma sensação de proximidade com a jornada dos protagonistas.
A maquiagem do filme é um assunto à parte; cada vez que a morte vem o rosto de um soldado, ao perder seu sangue, muda seu semblante de um vermelho para um pálido muito bem maquiado. Explosões, valas, trincheiras e terrenos são parte de um cenário excelente. O filme tem uma fluidez impressionante, com o plano de sequência que deixa ele no ápice em quase todos os momentos.
1917
é similar ao resgate do Soldado Ryan
em alguns momentos, assim como tem uma jornada do herói parecida com a do Frodo
do Senhor dos Anéis, entre outras referências, contudo, é um filme de identidade própria, marcada pelo diferente. É um filme que é uma linda manifestação da arte, mesmo em meio aos terrores de uma guerra, ela não é glamorizada e sim, posta da forma que realmente é, cruel, injusta, e tudo de ruim que possa existir para adjetivá-la.
1917
é um filmão digno de estar onde se encontra, no Oscar 2020.
Confira ao trailer:
1917
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Sam Mendes e Krysty Wilson-Cairns
Elenco: George MacKay, Dean-Charles Chapman, Colin Firth, Benedict Cumberbatch
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Sam Mendes e Krysty Wilson-Cairns
Elenco: George MacKay, Dean-Charles Chapman, Colin Firth, Benedict Cumberbatch
Duração:
1h 59min
Gênero:
Drama, Histórico, Guerra.
Parece sobre alienígenas, mas não é, o filme "A Chegada" é muito mais que uma pura invasão de extraterrestre
⭐⭐⭐⭐⭐
Por: JP Vaz | 22 de janeiro de 2020
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A linguagem dos aliens em A Chegada.
O filme, "A Chegada" (Arrival), estreou em 24 de novembro de 2016 no Brasil, na época, o filme foi bem recebido pela crítica especializada em ficção científica. Dirigido por Denis Villeneuve
e escrito por Eric Heisserer, baseado no conto "História da Sua Vida" (Story of Your Life), de Ted Chiang. Recebeu oito indicações ao Oscar
2017, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado, mas venceu apenas na categoria de Melhor Edição de Som.
Além do Oscar, o filme recebeu outras indicações e premiações como o Critics' Choice Awards
nas categorias de Melhor roteiro adaptado e Melhor filme sci-fi/terror.
A Chegada, não é um filme daqueles que sentamos na poltrona e assistimos invasões de ET's com suas meríades de naves hipersônicas com armamentos ainda não fabricados por nós meros seres humanos, afim de acabar com tudo e colonizar a raça humana, ou tirar nossas riquezas naturais., mas sim, a dificuldade que os alienígenas encontram em se comunicar conosco.
Quem nos conduz nesta jornada é a linguista Louise Banks
(Amy Adams), convocada pelos militares para tentar estabelecer uma comunicação com os visitantes extraterrestres. Seu trabalho é tentar entender o que querem os aliens de uma mega estrutura que pousa em Montana, nos EUA, e em outros onze naves similares que também se espalham por outras cidades no planeta.
Ao lado do físico Ian Donnelly (Jeremy Renner), Banks
começa a desenhar uma forma de comunicação com os alienígenas, chamados "heptapods" por se manter em sete tentáculos. A comunicação não é verbal, mas visual. Sendo esta, a dia-gramática, ou a linguagem dos diagramas.
Banks
tenta evitar uma guerra planetária contra a possível ameaça dos invasores, por alguns líderes mundiais que não conseguem compreender a real intenção dos alienígenas, ou seja, não entende a língua dos aliens, que na verdade vieram em paz e amor.
O filme parece um quebra cabeça, e você tem que estar atento para entender toda a narrativa, cada passo é uma chave para desvendar o filme como um todo. Os aliens conhecedores da linha do tempo, nos leva a conhecer a individualidade da protagonista do filme, nos levando do suspense a curiosidade, até o ápice final, quando tudo é revelado no contato de Banks
com os aliens.
O longa, também nos remete aos anos 80 quando a indústria de Hollywood propuseram em produzir filmes com esta temática de aliens, como "Contatos Imediatos do Terceiro Grau"
e "E.T, o Extraterrestre", ambos do consagrado diretor Steven Spielberg.
O filme trás consigo tramas e subtramas, e pequenos núcleos que acabam bem inseridos, sendo bem organizados pela montagem sempre equilibrada da estrutura do roteiro.
Além, de boa fotografia e sonoplastia.
O que falar então de A Chegada? Possivelmente, seja o longa mais completo de Denis Villeneuve
como cineasta, que domina com muita maestria uma história de ficção científica complexa, sendo ele capaz de passar uma poderosa e atemporal mensagem sobre a raça humana e seus desafios com a vida extraterrestre.
Quando a crítica enalteceu o longa A Chegada, não estavam errados, o filme merece cinco estrelas. Se você não assistiu, assista.
Confira ao trailer:
A Chegada (Arrival, EUA – 2016)
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Eric Heisserer
Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg, Tzi Ma, Jadyn Malone
Duração: 116 min.
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Eric Heisserer
Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg, Tzi Ma, Jadyn Malone
Duração: 116 min.
HISTÓRIA DE UM CASAMENTO | UM FILME AGRIDOCE
Por: Welligton Jesus | 08 de janeiro de 2020
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Aclamado pela crítica em geral como um dos melhores filmes de 2019
História de um Casamento
é um filme Netflix
produzido por Noah Baumbach
e estrelado por Adam Driver
e Scarllett Johansson,
os dois vivem o casal Charlie
e Nicole.
Temos também Laura Dern
interpretando a advogada Nora Fanshaw
atuação brilhante que lhe rendeu o prêmio do Globo de Ouro como melhor atriz coadjuvante; evento realizado no último domingo (5), o filme "História de um Casamento"
foi por méritos com maior número de indicação ao Globo de Ouro
de 2020.
Por quê História de um Casamento
foi tão bem recebida pela crítica? O filme conta a história de Charlie
e Nicole
que estão passando por um processo de separação e disputa judicial pelo filho, Muitos impasses são criados como repartição de dinheiro e principalmente a cidade onde vão ter que morar.
Uma obra que relata a realidade de muitos casais, haja vista que, casos de separação acontecem com muita frequência. O filme traz um realismo que deixa evidente a dificuldade de duas pessoas procurando dividir o que existe de mais importante, a vida.
Durante o decorrer do filme percebemos a dor de Charlie
e Nicole,
a câmera sempre faz questão de deixar pelo menos um deles presente em todas as cenas, isso faz o telespectador sempre ver o mundo do ponto de vista do personagem e uma imensa dificuldade de tomar partido. Durante alguns momentos temos cenas flertando com a comédia e até mesmo com o musical, mas nunca perde o foco original trazendo um drama poucas vezes visto. Terminar é uma escolha muito difícil para eles e viver junto é ainda pior. Angústia, dor, ego e dúvida que envolve cada cena em particular.
Duas personagens que procuram fugir de uma disputa direta, quando finalmente eles dividem a tela em um conflito, quando surge então uma das principais cenas do filme. Eles buscam se entender, mas o ego e dor são maiores que todas as feridas quando são expostas, a cena é pesada e dolorosa, porém viva. No final, estar junto, não é mais uma opção, os dois não se enxergam mais como um casal. isso não significa que eles não se amem mais, às vezes o amor toma outras formas como de respeito e compreensão.
História de um Casamento
foge do estereótipo de final perfeito e soluciona o problema de forma peculiar mostrando que nem sempre a união do casamento será a melhor escolha para uma família. Um final agridoce para um dos melhores filmes do ano.
Assista ao trailer do filme:
STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER | UM ENCERRAMENTO QUE TENTA SER ÉPICO, MAS NÃO É
Por: Rafael Lima | 06 de janeiro de 2020
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Mesmo a crítica em geral, não ter adorado o filme, Star Wars ainda é Star Wars e continuará sendo
Em 2015 a gigantesca Disney
trouxe de volta as telonas a franquia criada por George Lucas,
com Star Wars: O Despertar da Força,
tendo a missão de apresentar novos personagens, uma nova saga e honrar o legado de toda a mitologia consagrada.
Tivemos o prazer de conhecer Rey,
interpretada por Daisy Ridley
(até então desconhecida do grande público, assim como grande parte do elenco principal). John Boyega
como o renegado Stormtrooper
em busca de identidade e Adam Driver
na pele de um dos mais interessantes personagens de Star Wars: Kylo Ren
(ou Ben Skywalker,
como queira).
Com um novo filme e uma nova trilogia, vem junto novas expectativas para o prometido encerramento da saga Skywalker.
No entanto, o retorno que aqueceu o coração de todos os adoradores da franquia, que não contavam com tanta falta de planejamento da Disney
trazendo esta nova narrativa.
Gostem ou não da segundo trilogia (episódios I, II, III) , ao menos existia uma linha de pensamento e uma história a ser contada. Infelizmente não é isso que temos hoje ao encerramento de A Ascensão Skywalker. Os erros começam quando internamente, pela direção de JJ Abrams ( Star Wars: Despertar da Força e Star Wars: A Ascenção Skywalker)
e Rian Johnson (Star Wars: Os últimos Jedi),
que anulam ideias um do outro e traz desconexão entre os três filmes.
Dito isso, JJ Abrams
nos traz uma narrativa com muita responsabilidade de responder muitas perguntas, mas faz isso de forma tão preguiçosa, camuflada com a desculpa de não ter tempo no filme para detalhar melhor. Muitas conveniências de roteiro para facilitar tudo, são jogadas na história sem muito sentido e basta alguns minutos de conversa sobre o filme que inúmeros pontos perdem força na aventura.
Por outro lado, os principais estão ótimos e sem muita alteração em suas personalidades, tirando Poe Dameron
vivido por Oscar Isaac,
onde sabemos mais sobre seu passado e que rouba a cena várias vezes e traz dinamismo aos diálogos com Ray
e Finn.
Adam Driver
dispensa comentários, esse entrega tudo quando entra em cena, uma pena não ter sido bem aproveitado neste encerramento.
Diante de toda a promessa iniciada em O despertar da Força,
infelizmente a Disney
deslizou demais no planejamento, o que prejudicou o andamento fluido da nova trilogia.
Por fim, existem muitos motivos para Star Wars: A Ascensão
Skywalker
não fazer jus ao legado da franquia, porém não deixa de ser Star Wars.
Assista ao trailer do filme:
O IRLANDÊS - MARTIN SCORSESE MAIS UMA VEZ SE CONSAGRA COM UM FILME ESPETACULAR
Por: Emanuel Oliveira | 05 de janeiro de 2020
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Crítica ovaciona O Irlandês: Mais uma grande conquista para Martin Scorsese
O filme O Irlandês
marca a volta de Martin Scorsese
ao universo da máfia, trazendo consigo atores consagrados como Robert de Niro (Frank Sheeran),
Al Pacino
( Jimmy Hoffa)
e tirando Joe Pesci
(Russel Bufalino)
da geladeira.
O Irlandês
tem um ritmo mais lento e não tão intenso como os seus filmes anteriores, aqui temos um senhor contando sobre a sua juventude e os arrependimentos que guarda consigo.
O longa tem duração de três horas e meia, que ao meu ver, poderia ter sido encurtado, tirando algumas cenas, mas isso não atrapalha em nada a essência que o filme que passar ao telespectador.
O longa tem duração de três horas e meia, que ao meu ver, poderia ter sido encurtado, tirando algumas cenas, mas isso não atrapalha em nada a essência que o filme que passar ao telespectador.
A tecnologia que Scorsese
usa para rejuvenescer Robert de Niro
não é lá grande coisa, mas dá conta do recado mesmo que os movimentos e voz seja de um senhor de 76 anos. Mesmos com esse erros o filme se sustenta, graças ao talento do casting principal e a boa direção de Scorsese
que nunca decepciona (ou quase nunca...).
Nas atuações podemos dar destaque a AL Pacino que está fantástico como Jimmy Hoffa, o ator volta a cena em grande estilo. Podemos destacar também Joe Pesci que da vida ao mafioso Russell Bufalino, conseguindo ser amedrontador e amigável nas horas certas.
O Irlandês é mais um grande filme do mestre Martin Scorsese que revisita o mundo dos mafiosos com uma visão diferente e mais madura sobre o gênero que o consagrou.
Nas atuações podemos dar destaque a AL Pacino que está fantástico como Jimmy Hoffa, o ator volta a cena em grande estilo. Podemos destacar também Joe Pesci que da vida ao mafioso Russell Bufalino, conseguindo ser amedrontador e amigável nas horas certas.
O Irlandês é mais um grande filme do mestre Martin Scorsese que revisita o mundo dos mafiosos com uma visão diferente e mais madura sobre o gênero que o consagrou.
O filme recebeu 6 indicações ao Globo de Ouro 2020
que acontece neste domingo (5), em Los Angeles.
Assista ao trailer do filme:
WATCHMEN | DIGNA DE SER CONSIDERADA A MELHOR SÉRIE DE 2019
Por: Wellington Jesus | 03 de janeiro de 2020
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A série é uma verdadeira obra de arte.
Na década de 80 o famoso escritor
Alan Moore
criou uma história de quadrinhos que era muito diferente das feitas anteriormente, ela trazia uma temática muito mais adulta e realista dentro daquele contexto histórico.
No ano de 2009 o diretor
Zack Snyder
trouxe ao cinema uma adaptação das HQS, com tudo o filme não foi lá um sucesso de bilheteria, haja vista, o filme teve um orçamento de USD 120 milhões e uma arrecadação de USD 185,3 milhões. Mas muitas
pessoas ainda acreditavam que
Watchmen
poderia se tornar um entretenimento muito forte nos dias atuais, e essa pessoa foi a
HBO.
No mês de outubro de 2019 a
HBO
estreitou sua nova série, Watchmen.
O ano de 2019 também foi marcado pelo final da
série épica Game of Thrones
em meio a muitas polêmicas deixando, portanto, o coração de muitos fãs procurando um novo sucessor.
Em 9 episódios
a série alcançou um patamar que se dá o direito de concorrer entre as melhores do ano. Motivo não faltam,
Damon
Lindelof
dirigi-o com muita maestria cada episódio.
A história começa a ser contada em
Tulsa
em 1921, já no início temos um clima muito tenso em meio ao cenário de guerra e com várias críticas sociais muito bem abordadas dentro da obra. Com o decorrer dos episódios entendemos que os policiais trabalham todos de máscara por causa do medo da retaliação de uma organização criminosa chamada de
"Sétima Cavalaria".
Nesse
cenário
Angela Abar
também conhecida como
Irmã Noite (Sister
Night) começa sua saga. Outros personagens também tem grande influência nos acontecimentos no mundo de
Watchmen
tais como o agente
Brake, Looking Glass
e o grande
Ozymandias.
Sendo uma adaptação de uma HQ, elementos fantasiosos estão presentes na obra, mas ela não é só fantasia, é uma obra de arte que traz críticas sociais muito interessantes que são abordadas.
Doutor Manhattan
e
Ozimandyas
são personagens de capítulos à parte, de tão grande que são.
Assim como
Ozimandyas
foi fundamental para os acontecimentos dentro do filme e também
das
HQ's,
na série da
HBO
isso não é diferente com uma personalidade egocêntrica e narcisista ele é alguém que busca ser tão grande como seu ídolo
Alexandre o Grande
e acredita fielmente na lei do sacrifício pelo um mal menor.
Doutor Manhattan
é um personagem todo complexo, com ele não existe conceito de tempo, vivendo uma vida totalmente intensa, vivendo todos os momentos no mesmo momento. e buscando ser menos um deus e ser mais um homem como ele foi um dia.
Doutor Manhattan
também sabe que o mundo o critica fortemente por saber que ele poderia fazer mais e simplesmente escolhe não fazer.
Em resumo,
Watchmen
é uma obra de arte que precisa ser vista com carinho e ligado nos pequenos detalhes, ela trabalha com o conceito de tempo, manipulação, e política bem ao estilo
Alan
Moore.
Assista ao trailer do filme:
ESQUADRÃO 6 | MICHAEL BAY BEBE DA FONTE DE DEADPOOL
Por: Jonathan Santiago | 15 de dezembro de 2019
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Quem for fã desse homem irá amar esse filme.
A Netflix
parece estar dando uma liberdade para diretores que eles não teriam em outros estúdios. Esse filme é um resultado desta liberdade. Aqui o diretor Michael Bay
pode dar tudo de si, diferente de como funciona com seu outro grande sucesso Transformers, onde a Paramount
e a Hasbro
tem objetivos além do cinema, como venda de brinquedos e classificação etária. Em Esquadrão
6,
Bay
pode ignorar estes dois aspectos, e o resultado é uma explosão de testosterona e sangue para gente grande. E quem melhor para estrelar um filme assim do que Ryan Reynolds,
que já está bem acostumado a trabalhar com esse entretenimento. O ator de Deadpool
entrega uma performance ótima, com aquela descontração que só ele sabe dar, mas ao mesmo tempo sendo sério quando necessário. Seu personagem evolui bastante durante o filme e ao fim quebra suas próprias regras para um bem maior.
Liberdade de fato é a palavra chave nessa história, uma vez que todos os protagonistas forjam suas mortes para agir de um modo que com os governos e a burocracia não conseguiriam. Após essas “mortes” os personagens são conhecidos apenas por números, com o objetivo de não se apegarem muito, algo que não funciona muito bem, pois depois de passarem por tudo o que passaram eles se tornam uma família muito disfuncional.
As sequencias de parkour em Roma, China e outros lugares protagonizadas pelo “Quatro”
interpretado por Ben Hardy
são muito boas, exatamente o que você espera quando vai procurar vídeos de Parkour
no Youtube.
O personagem também é peça importante para o enredo, e ele assim como todos os outros dão um ótimo alivio cômico, você inclusive irá encontrar referências fortes a cultura pop, como Breaking Bad
e até a lenda Eminem
em cenas muito engraçadas.
Agora, se quer saber se esse filme é para você, basta pensar se gosta de outros como Velozes e Furiosos, Distrito 13 e outras obras do Michael Bay, se sim, tenho certeza que não irá se decepcionar, e assim como eu irá se divertir bastante. E mesmo assim, se você não curtiu nenhum desses, deveria pelo menos dar uma chance a Esquadrão 6, pois ele pode te surpreender.
Assista ao trailer do filme:
AS PANTERAS | FILME SIMPLES E DIVERTIDO NO QUE SE PROPÕE
Por: Matheus Queiroz | 25 de novembro de 2019
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"It's girl power!"
Com tantos reboots e remakes saindo atualmente, As Panteras
consegue ser os dois e vai um pouco além. Com referências aos filmes do ano 2000, protagonizados por Drew Barrymore, Cameron Diaz
e Lucy Liu,
e a série Charlie’s
Angels,
sucesso na década de 1970. O filme tentanos apresentar um grande universo da organização Townsend,
das belas espiãs.
A história é contada pela perspectiva de Elena
(Naomi Scott),
uma funcionária de uma grande corporação tecnológica que começa a temer que a sua criação comece a ser usada para fins nefastos. Ela, então resolve pedir ajuda para a organização Townsend,
a partir disso ela conhece Sabina Wilson
(Kristen
Stewart), Jane Kano (Ella Balinska)
e Bosley
que é interpretada por Elizabeth
Banks
que é a produtora, roteirista e a diretora do filme.
O longa nos apresenta uma trama simples e divertida noque se propõe e que nos mostra uma nova e jovem equipe seformando. A dinâmica entre as personagens é boa e plausívelsem forçar situações para criar algum tipo de vínculo entreelas. A maioria das piadas tem um bom tempo e se encaixambem na situação apresentada.
As panteras
é um filme leve e que pode divertir facilmente quem assiste, é uma boa opção para assistir em um final de semana ou para assistir com o s amigos.
Assista ao trailer do filme:
CORINGA | AUDACIOSO E INSANO
Por Guilherme Hintz | 6 de outubro de 2019
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"Não é um dia ruim, mas uma sociedade ruim"
Joaquin Phoenix
nos entrega um personagem conhecido, porém de uma maneira nunca antes apresentada. A história que o diretor Todd Phillips
propôs para esse filme, é justamente o lado humano do vilão, o "antes da vilania".
Como, e porquê, ele se tornou o que é.
O que tínhamos de mais certo até então, sobre a origem do famoso antagonista da história do Batman,
era o quadrinho "A Piada Mortal"
de 1988, escrita por Alan
Moore,
com desenhos de Brian Bolland.
Nesta HQ, o palhaço cai em um tonel com produtos químicos, o que o leva a insanidade total, e algumas outras características do personagem, como seu sorriso macabro por exemplo. Porém, desta vez, o diretor preferiu criar sua própria origem para seu longa. Aqui temos uma história adaptada à realidade, com doenças psiquiátricas, problemas na vida em sociedade e frustrações pessoais. Problemas reais. Apesar de insana, não temos uma trama cheia de fantasias, como é costumeiro em filmes de super-heróis. E por mais perturbador que possa ser pensar assim, mas o Coringa
de Joaquin Phoenix
poderia ser eu, você, ou qualquer outra pessoa com suas vivências e motivações.
A trama maior da história é uma guerra entre Arthur Fleck
(nome civil dado ao nosso vilão) e o Joker,
ou Coringa,
como preferir. Apesar de levar uma vida difícil, com seus problemas, Arthur
ainda é um sujeito normal. Morador de Gotham,
comediante, e fracassado. Em contra ponto, temos toda a sua angústia, amargor e rejeição guardados em sua trajetória. Todos esses sentimentos fundidos e transfigurados na maior insanidade e crueldade, criando assim, o lado Joker
de sua mente. Como já podemos imaginar, já que se trata de uma história de origem, vemos um lado predominar, cada vez mais, chegando no ponto alto da loucura, e ultrapassando-a.
Muito se falou sobre o quão pesado é esse filme, sobre a forma com que ele nos faz pensar em relação ao protagonista, alegando que o público sairia das salas de cinema entendendo e concordando com seus atos sórdidos após conhecermos as motivações para os mesmos. Sim, o filme de fato é pesado. Desconfortável. Acompanhar de perto a trajetória de como uma pessoa se torna o que ele se tornou, da maneira que acompanhamos nesse drama, nos faz entrar na cabeça do personagem, afinal, o filme é sobre ele, e precisamos imergir na história (em qualquer história) pra termos um maior entendimento da obra. Porém, de maneira nenhuma concordamos com as atitudes repugnantes,vê completamente insanas de Arthur Fleck.
Pontos consideráveis da trama são a ambientação, o tom que o diretor deu a Gotham,
que por sinal, está horrível e detestável, exatamente como deveria ser, uma cidade que certamente ninguém com poder de escolha iria querer morar. A trilha sonora está incrível, o figurino como Coringa
ficou ótimo, além da atuação digna de Óscar de Joaquin Phoenix, com suas expressões corporais, faciais, e claro, a risada bizarra típica do personagem. E por mais que tentem fazer comparações com outras versões do palhaço no cinema, principalmente com a do Heath Ledger,
considero injusto determinar qual foi o melhor, visto que em momento nenhum foi lançado qualquer tipo de disputa entre os dois. Cada um tem suas características, abordagem e função na sua história. Portando impossível julgar qual o melhor ou pior.
Para terminar, talvez aqui, não se enquadre a famosa frase "Só é preciso um dia ruim para reduzir o mais são dos homens a um lunático, essa é a distância entre o mundo e eu... apenas um dia ruim.", e sim uma vida inteira ruim, ou péssima, como é a de Arthur Fleck.
O Palhaço triste se transforma, e agora, o circo vai pegar fogo.
Assista ao trailer do filme: